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Opnião literária, por Felipe Azeredo – Quantum Break Estado Zero – Cam Rogers

Quantum Break Estado Zero - Cam Rogers

“Jack Joyce passou seis anos tentando escapar. Escapar da vida, escapar do tempo, escapar da loucura de seu irmão, Will. Mas, quando ele finalmente volta para casa, descobre que seu irmão não era louco como ele imaginava. Will criou uma máquina do tempo, com potencial de salvar a humanidade. Guerras? Agora podem ser previstas. Desastres naturais? Podem ser evitados. Só há um pequeno problema… sua máquina também vai causar o final do tempo, tal como o conhecemos.”

Caminhando dentre estantes em uma feira de livro, olhando despretensiosamente tantas obras expostas na banca com preços bastante acessíveis, encontrei essa capa lindíssima que me chamou atenção.

Me interessei não apenas por parecer uma leitura legal, mas sim, por ter iniciado a pouco em meu console o jogo em que o livro se baseia. O jogo era muito bom, então possivelmente o livro seria ainda melhor. Valorizo jogos eletrônicos não apenas pela diversão, mas principalmente pela história. E é isso que os livros noas entregam!

Pensei que meu contato prévio com o jogo poderia atrapalhar minha capacidade de imaginar os personagens, formar as cenas em minha mente, afinal, já trazia comigo as imagens vistas na tela da televisão.

Particularmente digo que aconteceu o contrário do que esperava. Ter uma pré visualização ajudou em muito a curtir a história enquanto lia as quase 400 páginas do livro.

A trama se desenrola não especificamente com a viagem no tempo e com as coisas legais que dela advém. Os personagens realizam a viagem no tempo sim, mas a pegada da história não foca nesse ponto. A história trata sobre a imutabilidade das coisas, da obrigatoriedade da causalidade. Independente do que os personagens façam na intenção de mudar o passado para salvar o futuro, no final das contas, estarão apenas descobrindo o desenvolvimento da história cuja conclusão já conhecem.

Como esperado em um história complexa que tenha como pano de fundo viajem no tempo é necessário muita atenção durante a leitura. O autor tomou o cuidado de destacar as datas e horários no início dos capítulos, mas mesmo assim, muita coisa acontece ao mesmo tempo e tudo está relacionado. Uma coisa nunca irá acontecer sem afetar outra. A lei da causa e efeito nunca pode ser ignorada.

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