– Então deve ir à Cidade das Esmeraldas. Talvez Oz a ajude. – Onde fica essa cidade? – perguntou Dorothy. – Fica exatamente no centro do país, e é governada por Oz, o Grande Mágico de quem falei. – Ele é um bom homem? – quis saber a garota, ansiosa. – É um bom mágico. Se é ou não um homem, não sei dizer, pois nunca o viQuando um amigo me viu com esta obra, riu de mim por escolher para leitura um texto considerado como próprio para as audiências de menor idade. É claro que não me importei e com muito bom humor segui no trabalho leve e agradável de encarar tão formosa obra.
Mantendo-se sempre ligada ao desejo da pequena Dorothy de retornar ao Kansas juntamente com seu cãozinho Totó, a história possui muito mais conteúdo do que simplesmente a premisa da menininha perdida.
Dorothy une-se ao grupo de estranhos personagens que um a um aparecem em sua jornada e uma série de ensinamentos são trazidos ao leitor de forma lúdica.
Primeiro o espantalho que, criado no dia anterior, considerava-se tolo por não saber muito, depois o homem de lata preso em sua ferrugem, por último o leão covarde envergonhado por sua falta de coragem. Todos querem alguma coisa e acreditam que serão felizes apenas quando a conseguir. Dorothy pretende ver o grande e poderoso mágico de Oz para pedir que a mande novamente para o Kansas. Todos decidem segui-la para ter seus desejos também atendidos.
O que segue-se é uma incrível jornada pelas terras além do deserto pelo qual o ciclone levou a menina e sua casa. O grupo torna-se cada vez mais amigo, interdependente. Chegam a Oz e o mágico se diz grande e terrível! Para dar ao grupo o que desejam eles terão que matar a bruxa do oeste.
Naturalmente após grande aventura eles vencem e retornam para Oz e descobrem que o grande mágico na verdade não passa de um charlatão. É um péssimo mágico, mas um bom homem. Ao seu modo, tenta dar ao grupo o que eles pedem. Um cérebro para que o espantalho não seja mais um tolo. De cereais e alfinetes fez um pacote e o colocou dentro da cabeça do ser de palha que imediatamente passou a sentir-se sábio. Ao homem de lata que pedia um coração para que pudesse sentir emoções, deu um simulacro do órgão que trancou dentro do peito soldado. De uma garrafa, deu de beber ao leão e lhe disse que aquilo era coragem. O animal tornou-se o ser mais valente de todos! Não deu nada do que pediam, mas ao mesmo tempo lhes deu tudo que pediam. Sempre esteve lá com eles, bastava que acreditassem. Esse é o primeiro ensinamento.
Seguindo para a outra parte da história, temos então três personagens que conseguiram o que desejavam e ainda tornaram-se governantes de tres reinos diferentes. O espantalho em Oz, o homem de lata no oeste e o leão na floresta antiga do sul. Mas e Dorothy? Ela foi com os amigos buscar ajuda da bruxa boa do sul.
A bela bruxa lhe ajudou com aquilo que é mais precioso: conhecimento. Durante toda a história a garotinha calçou os sapatos da bruxa so leste, muito poderosos, mas que ela nunca soube de tal poder. Bastava realizar um pequeno ritual e ela poderia ter voltado para casa a qualquer momento. Se tivesse feito isso, ela nunca teria mudado para sempre a vida de três seres em total desgraça. Então aqui temos outros ensinamentos.
Conhecimento é poder! Não adianta estar de posse de coisas maravilhosas se não souber como usá-las, ou então, que apenas com conhecimento você pode-se libertar-se de uma situação na qual não deseje estar.
Temos também que nossa presença na vida de outras pessoas possui tremenda força. O que fazemos pode transformar aqueles que nos cercam, mesmo que seja nossa simples presença que dá a eles o foco para continuar em frente.
Então, ainda acham que é um livro apenas para crianças?