O personagem conhecido apenas como “o viajante do tempo” desenvolve com base em conceitos matemáticos uma máquina capaz de se mover pela quarta dimensão.
Nesta obra clássica de H G Wells, fonte de inspiração para tantas outras que se seguiram após sua publicação, inclusive adaptações para outras mídias, o autor especula sobre uma possibilidade até hoje não alcançada.
A viagem no tempo é tema de fascínio para a espécie humana, um sonho com que físicos teóricos flertam em momentos diversos de nossa história cujo caminho para torná-lo realidade permanece em penumbra para os passos lentos de quem o busca.
O viajante no tempo, protagonista da história, consegue de alguma forma descobrir como deslizar pelo fino tecido do tempo e espaço, movendo-se com a curiosidade como combustível para um futuro onde esperava encontrar a sociedade perfeita, formada por pessoas que a muito teriam alcançado o bem estar superior.
Ao invés disso, o futuro revelou-se diferente do mundo dourado que esperava, tendo a humanidade caminhado para a divisão da espécie em duas outras, uma ignóbil e tola, e a outra, deformada e maliciosa que usava a primeira como gado para alimentar-se.
Salvando-se por pouco dos morloks, o viajante do tempo avançou até o limite do futuro, um lugar de desolação sem fim onde a vida já não dava sinais de existência e mesmo o sol esfriara.
Há algo de profético nesta obra, um alerta do que espera a humanidade, um sopro sobre os caminhos que os atos passados podem gerar ao se acumular, afinal, tudo que há sobre a Terra é em si muito pequeno e irrelevante quando comparado à inexorável marcha do tempo.